Alterações ao trânsito no Marquês são "fiasco completo"
"Foi um fiasco completo. Um dia depois tiveram até de alterar o projeto", disse hoje Carlos Barbosa à Lusa.
De acordo com o presidente do ACP, "continua a haver um trânsito louco na Avenida da Liberdade" e "demora-se 45 minutos para subir ou descer a avenida".
Afirmando que o ACP recebeu no último mês "imensas queixas" relacionadas com as alterações naquela zona, Carlos Barbosa frisou que "as laterais da Avenida da Liberdade estão uma confusão, as pessoas perdem-se e não conseguem entrar no quarteirão que querem".
"Aquilo [as alterações] não tem pés nem cabeça. É um disparate completo e resulta da incompetência do presidente e de Manuel Salgado [vice-presidente]", criticou.
Referindo-se ao estudo da Universidade Nova, segundo o qual a poluição na Avenida da Liberdade e no Marquês de Pombal diminuiu com estas alterações, Carlos Barbosa afirmou que "o ligeiro decréscimo" da poluição "não tem a ver com as mudanças, mas com a crise".
O presidente do ACP disse ainda que a poluição aumentou nas avenidas adjacentes à da Liberdade porque começaram a ser mais utilizadas pelos automobilistas.
"As mudanças não serviram para nada porque aquele é um problema que não tem solução. Foi uma teimosia de duas pessoas que querem destruir a cidade e um gastar quase pornográfico de meio milhão do António Costa", sublinhou.
"É um verdadeiro aborto camarário", concluiu.
Desde 16 de setembro que a praça do Marquês de Pombal tem duas rotundas - uma interna e uma externa - e a Avenida da Liberdade tem apenas uma faixa central para veículos particulares e outra para o transporte coletivo.
No primeiro dia as alterações provocaram um trânsito caótico e longos minutos de para arranca, o que motivou a introdução algumas alterações na medida no final do dia.
O novo esquema de circulação tem como principal objetivo reduzir a poluição numa das zonas nobres da capital.